terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jamais: Tales of The Razorblade as depicted in British Steel.

Não tô com paciência pra imaginar um começo de post. ( a parte mais complicada pra mim. Só escrevo o que realmente quero escrever lá no meio ) Então, este post começará do meio.


"
Meio


   Aquele momento em que você coloca justamente a música que você NÃO pode ouvir por provocar  justamente os sentimentos que você gostaria de EVITAR, mas acaba ouvindo , sentindo ela te violar e alimentando um prazer mórbido.

   Desço as escadas, tomo um gole de vinho. Sozinho. O que eu queria não era precisamente vinho: me imaginei tomando um drink com álcool, limão e navalhas do tamanho do meu polegar. Mas não tinha.

   Esse tipo de coisa que só acontece quando você está sozinho, em um momento introspectivo.

   Com a música alta, deito na cama e olho para o teto, abraçando minha coberta. Gostaria de fazer alguma outra coisa: gostaria de estar tomando um Cappuccino; gostaria de estar esperando o trem; gostaria de levar um soco par a dor física sobrepujar a psicológica; gostaria de conhecer mais pessoas; gostaria de comer sushi; gostaria de fazer uma das infantilidades que eu faço quando estou sozinho ; gostaria que minha coberta fosse quem ela parece ser. Mas eu estou olhando para o teto.

   Como todo bom sonhador, visito meu universo paralelo para ver como seria se.

- Jura? Eu também! Desculpe não ter dito antes...

   Não, não seria assim. Atenha-se ao possível.

- Você já sabia! Como... Como você pôde?
- Sim, estou sendo escroto, um verdadeiro filho da puta. Mas é o que eu mais quero ser neste exato momento.

   Sim, esse seria o ideal. Poderia ser real. Mas esse não é o Victor.

- Você já sabia! Como... Como você pôde?
- Desculpe, mas não pode ser assim. Apenas entenda.

   Quase lá

- Você já sabia! Como... Como você pôde?
- ...

   Perfeito.


   Mas esse não é o tema relevante. Minha mente está dando círculos, criando uma distração. Um copo de café, um livro, brisa fresca e uma tarde agradável, apenas eu e ...  não, não crie expectativas no plano real. Não aqui. Um copo de café, uma mochila, vários amigos temporariamente sem rosto, entre eles... Ah, prefiro não pensar. Não gosto de entrar nestas questões.

   Sempre que penso " Eu mudei ", parece que mudo mais um pouco. Agora entendo algumas falas, a dureza de algumas pessoas. Porque não consigo mais voltar para a apatia extrema ( que chegava a incomodar ) que era minha marca registrada em 2009? Eu gostava. Os outros é que reclamavam.

   E pra quem acha que é hipocrisia: todos vivemos com valores que negamos. Mais do que podemos imaginar. Eu tento imaginar todos. Tolice, não?

   E eu posso te provar. Retornando ao diálogo... Não seria mais fácil? Já foi reprimido, está na parte da minha mente que eu prefiro evitar, mas está lá. Existe. A única limitação é a negação maior de valores e a analogia mais perversa que minha imaginação fértil consegue criar ( por enquanto ). Não seria mais divertido se isso simplesmente... não existisse? A limitação, digo. Não acho que seria melhor se nada disso existisse, não mais. Abracei minha natureza humana.

   Este certamente seria um bom motivo para renegar o nome d'Ele.

   E há também o OUTRO caso, o relevante neste momento. Em breve irrelevante, rogo às cartas na mesa. Não gostaria que fosse assim, mas é a saída dos desesperados. Eu sempre fui um... escapista? Não, um covarde mesmo. Não posso fugir de nada, mas posso negar.

   ( Quase escrevi " posso negar com todas as forças do meu ser ". Mas lembrei que não há força alguma em meu ser. Sou feito de desejos irrealizados e aversão ao incompreensível, apenas. Não há força, alma, "essência". Ou talvez esta seja a essência? Porque eu tenho esta ânsia incontrolável de questionar absolutamente tudo e jamais aceitar algo definitivamente?Vá entender. )

   Porque se não houvesse um sofrimento profundo causado por uma fonte diferente vez em quando, de nada adiantariam sangue e lágrimas de Eu-lírico. Não haveriam poetas. O mundo seria perfeito, mas de uma perfeição cinza.

"


   E é isso. Sim, me aproximei bastante deste.

   Aqueles que realmente leram e entenderam TUDO ( ou seja " Lembrete para o Victor que estiver lendo isto dentro de 1 ano ou mais" ), saibam que eu não faço a mínima idéia do que fazer. Na verdade, não quero fazer nada. A Faculdade começa semana que vem. Aí sim, estarei distraído o suficiente para não precisar postar estas coisas. Lembra-te de teu passado, gafanhoto!



Mais sobre navalhas:













Essa é exatamente a que eu queria engolir.















E esta é a que forçam garganta abaixo. Mas não deixa de ser minha música favorita dos Strokes.

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