"
Say a prayer now
Don’t be scared now
You don’t want trouble
Well we might get some.
We might get some,
It’s troublesome.
But don’t you worry
You can't help me...
Killing lies, killing lies,
Killing lies, killing lies
First you're worried
Then you're hurried
Don’t think that everything
is gonna stay the same
That’s impossible.
Before I let you go
Let me look at you
Don’t you worry
You will help me
Killing lies, killing lies
Killing lies, killing lies
Oh yes I noticed you
You are a friend of mine
Oh yes I noticed you
You are a friend of mine
"
"
Psicologia
Quarta-feira, 3:27 da manhã
* Tzuum, Tzuum *
- Waaaaahmmm...
Tateia no escuro e encontra o celular.
1 Nova Mensagem
* Desculpe o horário, mas não consigo dormir. Estou pensando em você. Eu sempre estou pensando em você. Só queria que você soubesse *
Como quem recebe uma injeção de cafeína, Carol pula da cama, acende às pressas o interruptor do quarto, relê a mensagem.
* Desculpe o horário, mas não consigo dormir. Estou pensando em você. Eu sempre estou pensando em você. Só queria que você soubesse * - Número desconhecido
Mordeu o lábio inferior. Quem mandaria uma mensagem dessas? A essa hora? Quem tem o meu número? Quem poderia conseguir o meu número? Milhões de possibilidades em um só pensamento.
* Qm eh? Õ_o * - Enviar
Sentou na cama olhando o vazio e pensando na vida. Nas vidas. Nas pessoas. Neles.
* Tzuum, Tzuum *
Voltou à realidade. Quase atirou o celular na parede de tanta pressa ao pegá-lo.
2 Novas Mensagens
* Não posso dizer. Mas posso dizer quem é você para mim. *
* És o sonho de minha esperança, Minha febre que nunca descansa, O delírio que me há de matar! *
Álvares de Azevedo. Não, não era um qualquer, era um estudioso. Seu príncipe encantado? Não. Deve ser apenas um amigo fazendo uma brincadeira de mau gosto, ou um qualquer querendo se passar por romântico, ou um infeliz eternamente condenado ao amor platônico. Subitamente, Carol ficou vermelha de cólera, um vermelho para sempre perdido naquela noite, e decidiu responder à altura.
* Olha só, se vc não falar qm eh, eu num posso fazer nada pra ti ajudar. *
E apertou com raiva o botão de enviar. Cruzou os braços esperando uma resposta. Três da manhã, que audácia! E nem pra ter coragem de dizer quem é! " Vou esperar a resposta só por curiosidade. Não me importo com esse tipo de coisa " ,ela tentou internalizar.
* Tzuum, Tzuum *
Pegou o celular com uma superioridade solitária e leu a mensagem.
* Não está claro? Eu sou quem você achar que eu sou. Ou melhor, quem você imaginar que eu sou. Quem você quiser que eu seja *
É, ele realmente não vai dizer. Mas espera um pouco... Aaaah, já sei quem é. Mas porque ele não falou comigo diretamente? Não, eu devo estar errada. Ou será que... não, também não. Talvez o modo de escrever. Uma dica, um vício, uma pista...
* Não está claro? Eu sou quem você achar que eu sou. Ou melhor, quem você imaginar que eu sou. Quem você quiser que eu seja *
Parabéns, conseguiu se manter anônimo, pensou. Carol boceja; não por sono, mas por desilusão.
Foi então que lhe ocorreu.
" ...quem você imaginar que eu sou..."
" Quem você quiser que eu seja. "
Fechou lentamente os olhos, sorriu e suspirou. * huuumff *. Entendi.
* Obrigada pela mensagem. Boa noite, e tente dormir um pouco :] * - Enviar
Sem desfazer seu belo sorriso, Carol foi dormir. Tranquila e em paz, pois sabia que todos os seus amores platônicos e ex-namorados estavam pensando nela neste exato momento.
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Um tanto quanto inspirado no conto de Luis Fernando Veríssimo ( me escapou o título ) onde uma garota chamada Débora recebe uma ligação por engano.
Acho que vou parar de escrever opiniões pessoais depois de um conto. No fim das contas, os meus contos me definem melhor que eu mesmo.
Querida Carol: O personagem do conto originalmente não tinha nome. Mas decidi usar o seu para te incentivar a
Boa semana a todos os psicologicamente afetados que lêem este blog.
Adoray! ;D Acho que esse foi seu texto mais feliz, pelo menos aqui no blog. xP
ResponderExcluirCongrats (:
Bjmordida