Dizem que sua vida inteira passa na frente do seus olhos no momento de sua morte, que não é tão diferente assim do vestibular. Parece que epifanias se tornam coisas rotineiras nessa época.
Mas, felizmente (ou não), algumas são sérias. E a que eu tive na aula da Claudete foi uma delas. Ela tinha razão com aquela conversa de que " Só mudamos quando nos sentimos incomodados", e eu fazia isso, mesmo que inconscientemente. Mas acabo de perceber que eu era muito mais verdadeiro quando ficava de cara fechada todos os dias ano passado do que quando puxo todos para um "abraço coletivo" na atualidade. Algumas mudanças simplesmente não são boas, mesmo que pareçam.
Voltar às origens me parece difícil, mas a partir de hoje vou procurar um meio termo, mesmo que tenha me "acostumado" com esse jeito bobo. Até porque todos querem subir no seu "trepa-trepa" , mas parece bem mais coerente manter a postura, esquecer-se da sua vontade e julgar os outros por subirem.
Engraçado também como certas pessoas( E eu tenho alguém específico em mente ) procuram sempre se mostrar superiores quando na verdade estamos no mesmo nível de infantilidade, já que nenhum de nós está completamente amadurecido, mas é bom jogar o jogo delas e deixá-las se sentirem no controle, mesmo que eu já tenha ouvido as mesmas coisas antes. Todos adoram ser psicólogos por um dia.
Ah, que mundo estranho. Todos ( inclusive eu ) são crianças com um baú de segredos, pensamentos , emoções e idéias, mas que empinam o nariz e acham seu baú maior e mais importante. Ao mesmo tempo, estas crianças ficam nas pontas dos pés para parecerem maiores e olharem os outros do alto. Aceitar este fato, porém, é o mesmo que ajoelhar-se para todos te verem de cima, o que certamente não é confortável.
Terminando minha divagação quase Freudiana (que provavelmente lerei ano que vem e rirei de mim mesmo, bem como faço todo ano) e tomando as rédeas do meu Id, vou escrever um poema para um pensamento que não me sai da cabeça, dedicado a uma pessoa já inexistente:
Infância
Ontem, amanhã, jamais, eternamente
Qualquer tempo, menos o presente
Estamos juntos, vivemos a vida
Um só sorriso e uma só ferida
Mil mentiras se tornam uma verdade
Viver no passado agora é maldade
Olhos iguais aos de minha filha
Castanhos, como o meu dia nesta ilha
Crianças adultas, puras e inocentes
Brilha o sol nos anéis reluzentes
Suspiro de sono junto ao meu peito
Vendo cada um no outro seu leito
Sempre bem juntos, sempre carentes
Sentindo ao pescoço lufadas quentes
Nosso único crime é a noite odiar
Pois temos que dormir e do sonho acordar
Victor Luis
Faz um bom tempo que não escrevo nada, então foi uma boa experiência!
Essa vai para meu caderno depois...
Seja você mesmo, e isso basta!
ResponderExcluirNão faço ideia de quem seja o seu alguém em mente! :P
Adorei o poema, mesmo!
Bjmordida
Iteressante quando se tem a capacidade de criar situaçoes para uma auto-avaliaçao. Mais interessante quando, nessas situaçoes, voce joga com as pessoas, mas na verdade o objeto estudado e voce. E o pior e que no fim das contas...voce nao sabe o que fazer, e chega a conclusao de que todos,incluindo voce, sao uma palhaçada...singular à vida.
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